sexta-feira, 2 de maio de 2008

Na BA, coordenador atribui resultado a "baixo QI dos baianos


RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para o coordenador do curso de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Antônio Dantas, 69, o baixo rendimento dos alunos da faculdade no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) se deve ao "baixo QI [quociente de inteligência] dos baianos". Os alunos de medicina da UFBA obtiveram conceito dois no exame. "Se não houve boicote dos estudantes, o que não acredito, o resultado mostra a baixa inteligência dos alunos." Para Dantas, que é baiano, o corpo docente da faculdade é qualificado e não seria justificativa para o mau resultado no exame. O coordenador disse que o suposto baixo QI dos baianos é hereditário e verificado "por quem convive [com pessoas nascidas na Bahia]". "O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais [cordas], não conseguiria", afirmou, ressalvando que há exceções a sua regra. Questionado se já foi alvo de críticas, Dantas disse que é "franco" e que "reconhece a limitação dos que o cercam". Ele afirmou que não foi notificado pelo MEC sobre os resultados e que vai analisar os erros dos alunos assim que recebê-los. A diretora da Faculdade de Medicina da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Rosana Vilela, disse que uma possível explicação para o baixo rendimento dos alunos de medicina (conceito dois) foi a mudança no currículo em 2006. "A nota [do Enade] é construída basicamente em cima da nota do concluinte, que é o aluno do currículo antigo, sendo que a prova é feita baseada nas novas diretrizes que norteiam o currículo novo", disse. A UFPA (Universidade Federal do Pará) -que recebeu conceito dois- informou, em nota, que só se pronunciará sobre a avaliação quando for notificada. Na UFAM (Universidade Federal do Amazonas), ninguém foi localizado para comentar a nota do Enade.

Um comentário:

Unknown disse...

Ví esta matéria na Tv, e achei ridículo;(PRA NÃO DIZER PRECONCEITUOSO,RACISTA E COISAS DO TIPO. VEJA SÓ ONDE CHEGAMOS...)Não é pelo fato do berimbau ter uma corda só que ele é mais fácil de tocar, MUITO PELO CONTRÁRIO, O INSTRUMENTO SE TORNA MAIS DIFICIL DE TOCAR JUSTAMENTE PORQUE ELE TEM UMA CORDA SÓ. Os alunos do curso de medicina deveria exigir a saida dele,igual o que fizeram com o reitor da UNB e aposto que ele não sabe tocar berimbau.O desafio está feito.