sexta-feira, 4 de junho de 2010

Desilusão


Como a folha no vento pelo espaço
Eu sinto o coração aqui no peito,
De ilusão e de sonho já desfeito,
A bater e a pulsar com embaraço.

Se é de dia, vou indo passo a passo
Se é de noite, me estendo sobre o leito,
Para o mal incurável não há jeito,
É sem cura que eu vejo o meu fracasso.

Do parnaso não vejo o belo monte,
Minha estrela brilhante no horizonte
Me negou o seu raio de esperança,

Tudo triste em meu ser se manifesta,
Nesta vida cansada só me resta
As saudades do tempo de criança.


Patativa do Asarré

(Mantida a grafia original)

Um comentário:

Jairo Alves disse...

Se não tivesse trazido
os versos nobres,
patativa, não estaria cantando mário, manuel, Drumomnd e fernando,
numa só pessoa...