domingo, 6 de março de 2011

Esquenta briga no Congresso pelos direitos dos gays

Eternos adversários no Congresso, os defensores dos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e a bancada evangélica se preparam para duros embates com a chegada de Jean Wyllys (PSOL) e a volta da ex-deputada e agora senadora Marta Suplicy (PT-SP).

No último dia 24, Jean foi à tribuna da Câmara, apresentou-se como primeiro deputado representante legítimo da comunidade e avisou que coletará assinaturas para a proposta de emenda constitucional (PEC) que garante o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

No contra-ataque, a frente parlamentar evangélica fez sua primeira reunião na quinta-feira (3), quando traçou a estratégia de ação conjunta dos 75 parlamentares que compõem o colegiado (72 deputados e três senadores).

Em relação à última legislatura, quando foram eleitos 36 parlamentares evangélicos, a bancada recuperou a capacidade de articulação no Congresso. Na pauta da primeira reunião, foi discutido o acompanhamento de projetos que tramitam no Congresso e contrariam princípios que a bancada defende.

Entre os alvos da bancada evangélica está o projeto que criminaliza a homofobia, já aprovado na Câmara e pendente de decisão no Senado. A proposta tem como relatora a senadora Marta Suplicy, que desarquivou o projeto.

De acordo com o presidente da frente, deputado João Campos (PSDB-GO), o projeto tem que ser modificado porque fere a liberdade de expressão. Segundo o parlamentar, não é possível aceitar que os pastores e evangélicos não possam dizer que homossexualismo é pecado, porque esse é um dos princípios que defendem e está na Bíblia.


Isabel Braga, de O Globo
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