quarta-feira, 30 de março de 2011

Quanto maior a necessidade, maior a graça

“Como eu gostaria de acreditar em um Deus assim!” Essa foi a exclamação de Úrsula, que passava por uma depressão semelhante a que eu mesma havia atravessado. Ele queria acreditar em um Deus de amor. Apesar de ter sido criada em um lar cristão e ter freqüentado uma igreja evangélica, o Deus que ela conhecia não se parecia em nada com o meu.

Tenho percebido que muitas experiências da infância, acrescidas dos ensinamentos que os próprios pais passam a seus filhos sobre Deus, bem como suas palavras e ações, podem dificultar na aceitação das verdades apresentadas na Palavra de Deus. Sabe-se que a imagem que uma criança faz de Deus é, em grande parte, formulada no lar. Um pai muito severo dará a idéia de um Deus inflexível e hostil. Se o pai for muito indulgente, a criança terá dificuldades para levar a sério tanto a justiça quanto a santidade de Deus. E, se o pai for indiferente, passará esta mesma imagem do Pai Celestial.

Certos pais chegam a exigir perfeição dos filhos e o pior é que não admitem que estão errados ao agirem assim. Algumas vezes comunicamos a nossos filhos que eles somente são aceitos à medida que não mancharem nossa reputação.

Nesse mundo conturbado em que vivemos é muito importante tirarmos tempo para ouvir nossos filhos e cônjuges, encorajando-os.

O fato de demonstrar graça não implica em ignorar erros. Paulo foi duro com os romanos que acharam que poderiam pecar para que a graça superabundasse. Antes que consigamos entender a grandeza da graça de Deus devemos enxergar a extensão de nossos pecados. É exatamente porque o pecado é tão terrível e mortal, que a graça se mostra tão maravilhosa. Deus odeia meu pecado, mas ama a mim, pecador! Ele não me ignora ou rejeita. As conseqüências do meu pecado são apresentadas e ele me dá liberdade para tomar minhas próprias decisões estando, porém, sempre pronto a me encorajar, perdoar, incentivar e sustentar no processo de crescimento.

Meus filhos podem reconhecer seu pecado e aceitar a salvação de Deus por convicção própria. No entanto, a graça demonstrada pelos pais pode apontar o caminho para que os filhos compreendam mais facilmente a graça de Deus revelada na pessoa e obra de Jesus Cristo.

“Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 3:18)

PENSE NISSO:

O Senhor nos chama com infinito amor, mesmo quando estamos destruídos por nossos próprios pecados. Eu os conduzi com laços de bondade... Como posso desistir de vocês? O meu coração está enternecido, despertou-se toda a minha compaixão... Eu sou Deus, e não homem; o Santo no meio de vocês. – Como podemos resistir a esse chamado?


Jaime e Judith Kemp
(Devocional para Casais, ed. Hagnos: São Paulo, 2002)

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