sexta-feira, 25 de maio de 2012

Brasil Oiticica - Após trancos e solavancos sua chaminé continua em pé

Após a arrematação pública da área da extinta Brasil Oiticica na cidade de Pombal-PB e derrubada dos imóveis que compunham aquele Empresa, os atuais proprietários direcionaram suas ações contra a imponência da velha chaminé. Era hora de ultimar a limpeza daqueles limites para dar passagem ao progresso e as novas edificações imobiliárias.  

Mesmo com a discordância de parte da população de Pombal-PB, foram várias as tentativas de colocá-la no chão. Todas em vão. A velha edificação, impávida, parece resistir a ação do tempo e do homem.

Contra ela, armaram-se tratores, cabos de aço e tração humana. Cavoucaram suas raízes e atingiram-lhe a cumeeira. E a chaminé alí, de pé!  


Pelas redes sociais, em sua maioria, se fazia a defesa da preservação da memória da cidade e da manutenção do momunento.

Instado, o Ministério Público, por intermédio do Dr. Leonardo Furtado, Promotor de Justiça Curador do Patrimônio Público, emitiu notificação aos atuais proprietários do imóvel no sentido de recomendar a não demolição da chaminé até que se tenha realizado estudo a despeito da historicidade do velho "apito da Brasil Oiticica"

O blog, em contato com o consultor jurídico do Município, Alberg Bandeira de Oliveira, foi informado que o alvará de demolição foi sustado, até quando, só o tempo dirá. Mais isso não é problema, a velha torre parece ter muita intimidade com o conluio dos anos...


Teófilo Júnior 
Com fotos de Lúcio Flávio Formiga Farias

Um comentário:

Jairo Alves disse...

A Brasil Oiticica!

Dentro da Brasil Oiticica,
Há semblantes desmanchados,
Há vilas, vagões abandonados
Que nunca mais se identifica!

No início da segunada Guerra Mundial,
Ela abasteceu a alemanha,
Que ficou desonerada, na lama
Sem os teus portes de arma Belical.

A Oiticica de antigamente
Foi a primeira industria do Pais,
Á produzir produtos de óleo,e quis
sua história deixar bravamente

No rol das fábricas primárias,
Mas a Guerra foi se superando,
Teus produtos foram esvaziando
as encomendas, fizeram-se secundárias

Com sede na bonita Fortaleza,
O Trem Asa Branca aponsentou-se,
Os caminhões, o apito de vez calou-se,
E a demanda, sentiu a nação camponesa!

Hoje em dia, foi vendida
para as construções da cidade,
Deixando no coração a saudade
E o nome Oiticica,perdida!

Inda rompe a insistência nobre
Esta efemera e cultural Chaminé,
Onde sua terra não mais te quer
Mas tua alma, frágil não é pobre

Porque tem jerdivam, Teófilo e Arlindo,
Defensores do patrimonio pombalense, O primeiro é Rio grandense,
E os dois últimos, estão sentindo

No peito o desprezo maior
Do teu povo sem cultura,
Não há mais a casa do alto, nem altura
que messa a espessura do pior!

Só o vento escorre por trás
Das lembranças dos trabalhadores,
Do emprego, da renda e dos senhores
Que a Brasil, não contará jamais!...


25 de maio de 2012.