quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Comprando inteligência

Os cortes orçamentários na Europa provocaram um importante manifesto por parte de vários agraciados com o Nobel em áreas diversas. Assinam o documento André Geim (física, 2010), Martin Evans (medicina, 2007), John Walker (química, 1997), entre muitos outros luminares. Eles perguntam, no final do texto, qual será o papel da ciência no futuro da Europa, a partir da dramática redução do orçamento para pesquisa.
 
 
Os pesquisadores partem do princípio de que a crise europeia, ao invés de ensejar atitudes conservadoras, deveria estimular soluções criativas. Pelo simples fato de que representa uma imensa oportunidade: por meio da ciência, soluções para a economia e para outros problemas do mundo poderiam ser alcançadas.
 
Eles afirmam, ainda, que a Europa não pode se dar o luxo de perder seus cientistas.
 
Na Inglaterra, o endurecimento das regras de controle da imigração está causando outro efeito negativo: a perda de estudantes com potencial para vitalizar a economia por meio de iniciativas inovadoras.
 
No lugar da tradicional permissão de dois anos para trabalhar no país após completar o curso, as novas regras dão apenas alguns meses para que o formando encontre alguém que esteja disposto a lhe pagar.
 
 
A consequência foi a redução no número de estudantes que conseguem ficar no Reino Unido depois de concluir os estudos.
 
Nos Estados Unidos, o livro The immigrant exodus, de Vivek Wadhwa, está causando grande impacto por alertar para o fato de que o país está perdendo a capacidade de atrair talentos, para estudar ou trabalhar. Além da dificuldade de obter vistos, os estudantes – tal qual no Reino Unido – não conseguem trabalhar ou, se conseguem trabalho, não podem mudar de emprego, sob pena de perderem o visto e terem de abandonar o país.
 
 
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Murillo de Aragão, é cientista político 
Fonte: Blog do Noblat

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