Você lembra quando deixou de acreditar nessa
história do velhinho que sai por aí distribuindo presentes para as crianças do
mundo todo? Foi traumático ou não fez a menor diferença?
Se você, assim como eu, não se lembra desse
momento, provavelmente, não foi tão ruim assim acreditar (e descobrir) nas
mentiras que seus pais contavam sobre o Papai Noel. Diz a ciência, aliás, que
acreditar em fantasias faz bem para as crianças.
Acreditar no Papai Noel faz com que elas imagem
as histórias e como seria se tudo desse errado – já pensou como seria caótico se
as renas adoecessem bem no dia 24 e não pudessem viajar pelo mundo? Aí as
crianças pensam em soluções e se tornam mais criativas. É o que diz o psicólogo
Alison Gopnik, autor do livro “The Philosophical Baby: What Children’s Minds
Tell Us About Love, Truth and the Meaning of Life”. De acordo com a pesquisa
dele, esse tipo de pensamento faz com que as crianças entendam como o mundo
funciona e criem ideias novas.
Num outro estudo, psicólogos da Universidade de
Oregon, fizeram testes com 152 crianças de 3 a 4 anos. Primeiros eles foram
questionados sobre as fantasias que criavam e acreditavam. Em seguida, fizeram
alguns testes para saber como entendiam o mundo real. E as crianças que
brincavam e acreditavam mais em fantasias se saíam melhor na hora de entender a
expectativa dos outros e distinguir a realidade da ilusão (sabem que um coelho
não vai mudar de cor só porque alguém colocou um filtro de cor na frente dele).
Elas também entendiam que as percepções dependem do contexto (conseguem entender
que as pessoas podem ver uma figura de um jeito diferente se for mostrado apenas
uma parte delas).
Espertinhas, não? A mesma universidade fez
recentemente outro teste com crianças que tinham amigos imaginários. E, diz a
pesquisa, elas conseguem entender melhor seus sentimentos e emoções.
Viu, faz bem. É tipo uma mentira boa.
Fonte: Superinteressante
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