segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Os herdeiros de Chico Mendes

O Brasil é o país mais perigoso do mundo para os ambientalistas

Francisco Alves Mendes Filho (1944-1988) é lembrado como um símbolo da resistência diante da degradação do meio ambiente. Chico Mendes, como é conhecido, foi um humilde seringueiro em Xapuri, um povoado da Amazônia no Estado do Acre, que criou sindicatos para que trabalhadores rurais como ele pudessem lutar por uma vida melhor.

“Ele fez uma revolução no campo, organizou um movimento para que as pessoas se conscientizassem de que sua sobrevivência dependia da conservação das florestas”, diz sua filha Ângela Mendes. Sua batalha contra a derrubada da mata, os incêndios propositais e a expulsão violenta das populações locais desatou a fúria de latifundiários e posseiros. Em 22 de dezembro de 1988 foi morto diante de sua casa a mando de um fazendeiro.

“Se um anjo baixasse do céu e me garantisse que minha morte fortaleceria nossa luta, seria um trato justo.” Uma das célebres frases do ambientalista se tornou premonitória. Se em vida Chico provocou o despertar mundial sobre a importância de preservar o meio ambiente, seu sacrifício chamou a atenção para as violações dos direitos humanos sofridas pelos seringueiros, os indígenas, os camponeses e os sem-terra.


Daniele Belmiro, El País

Um comentário:

Jairo Alves disse...

Sem sombra de duvidas quando vejo este homem nas telas da TV brasileira, apenas em poucos segundos, como um pequeno trecho de sua estadia cotidiana e promissora lá na Amazônia, me comovo, me resigno em ter sabido que existiu alma tão pura e humilde!...Chico Mendes! Este sim, foi um dos maiores ambientalista do Brasil, por suas atuações, por sua iniciativa e coragem.
Suas ideias validam a atualidade nacional e internacional, de modo que, a nação brasileira, desde várias décadas, necessita em si, sermos cidadãos mais conscientes. Não somos cidadãos conscientes! Nós provamos isso todos os dias. Somos brasileiros que costumamos levar adiante o perigo até ele chegar o ponto G, e acontecer. Depois de ter acontecido, obviamente, o fato será negativo, e ainda, mais uma vez, em vez de lutarmos por nossas causas, pela lamúria que a fez derrotarmos a cumplicidade das virtuais, sabem o que faremos diante a isto? Ignoramos todas e fazemos "charges" ou "humor" dos próprios desconfortos e prejuízos!
Então é lamentável que tenhamos uma floresta do porte e a maior do mundo e pensamos dessa forma, pequena, miúda, as portas do abandono, demais incrédula com a natureza! Pior: e os políticos? Que dizem? Que fazem? Não dizem nada. Não fazem nada. Há!...esses, não estão nem aí. Sabem melhor que nós fazer "humor" e "charges" como nós, e de "bom gosto". Nada mais pintam ou bordam. Querem saber de pátria ou de cativos, nem de gente que gostam de circo, aonde? Por que? Menospreze o leitor, assim o uso deste verbo:

Mas hoje já somos todos palhaços!

Qual garotada vai nos assistir mesmo sabendo que seu filho, seu pai, seu primo, nesse momento está sendo assaltado ou prestes a sofrer uma rajada de metralhadora dos bandidos lá do Alto Morro? Possuem mais munições e poderes que dos policiais? Até quando gente?...Até quando?... O crime esta organizado e, não vai demorar, ele vai tentar subornar as Autoridades. Isso já esta acontecendo. O ilustre Chico faleceu com um tiro de espingarda a mando de um fazendeiro insatisfeito pelo trabalho que servia e para este iria lhe "prejudicar" economicamente. Isso está certo? Pense nisso. Pensamos no futuro da Amazônia e nos caminhos do Brasil!