terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Conheça as peculiaridades das vidas privadas de Napoleão, Lênin, Stálin e Hitler.


O diplomata americano Henry Kissinger uma vez disse que “o poder é o melhor afrodisíaco” e, pelo visto, ele estava certo. Confira na lista abaixo a vida sexual de quatro dos homens mais poderosos da história.

Napoleão


O pequeno grande corso foi um adolescente calmo e sem grande pulsão sexual, chegando anotar em seu diário que “[o sexo] é perigoso à sociedade e à felicidade individual do homem”. É provável que os primeiros relacionamentos do então futuro Imperador da França não tenham acabado bem.

Napoleão, aos 14 anos, na Escola Militar de Brienne, era um jovem tímido e sem muitos amigos - sua única amizade era a de Pierre François Lougier de Bellencour, um jovem nobre homossexual, responsável por causar-lhe grandes ciúmes. Acredita-se que suas primeiras experiências sexuais tenham sido com esse moço. Entretanto, quando ambos foram à École Militaire em Paris e Pierre começou a relacionar-se com outros homens, Napoleão rompeu definitivamente com o amigo. Foi após esse episódio que a frase acerca do sexo foi cunhada.

Seu primeiro contato sexual com o sexo oposto do conquistador aconteceu com uma profissional do sexo de Paris. O então franzino subtenente foi a um famoso bordel da cidade e procurou por uma moça com experiência em rapazes inexperientes. Tudo aquilo, segundo o próprio, não passava de “uma experiência filosófica” e acontecera apenas a título de curiosidade. Mas a relação não foi prazerosa ao futuro Imperador – fato que o afastaria do sexo feminino por algum tempo.

Napoleão só voltou a apaixonar-se novamente no auge de seus 25 anos – a vítima da vez era a cunhada de seu irmão, Desiree “Eugenie” Clary. A paixão, apesar de desaprovada pela família de Eugenie, era mútua e ambos trocavam cartas de amor incandescentes.

O jovem Bonaparte, contudo, rompeu o relacionamento por acreditar que a parceira não o amava o suficiente. A pobre moça, desolada, encontrou conforto nos braços de Jean B. Bernadotte, futuro Marechal da França e Rei da Suécia- a dinastia iniciada por Desiree e Jean continua a governar o país escandinavo até hoje.

Napoleão ainda enfrentaria outra decepção: foi feito de brinquedo sexual por uma matrona de 40 anos, Madame Pernon, e apaixonou-se. Ao pedi-la em casamento recebeu escárnio como resposta. Sim, a vida amorosa do rapaz era um fracasso absoluto.

Mas então apareceu Josephine


Marie Josèphe Tascher de Beauharnais, ex-viscondessa de Martinica, cujo marido havia sido guilhotinado durante a Fase do Terror da Revolução Francesa, era uma sedutora e envolvente viúva que rodeava os homens mais poderosos da França. Josephine era amante de Paul Barras, o chefe do Diretório, órgão que governava o país, e conheceu Napoleão, à época General do Exército do Interior, ao pedir-lhe um favor a seu filho.

O general caiu perdidamente de amores pela viúva. Pressionado por Barras, ansioso por livrar-se da amante, Napoleão e Marie Josèphe casaram-se numa cerimônia modesta em Paris, contra as bençãos de suas famílias.

Beauharnais, no entanto, nunca foi mulher de um único homem e logo após ver seu marido iniciar uma viagem em campanha pela Europa, envolveu-se com outros homens. Com o tempo, como não haveria de ser diferente, os rumores espalharam-se por toda França – Napoleão, perdidamente apaixonado pela esposa, ignorava.

Mas a vida dá voltas. Durante a campanha do Egito, o general apaixonou-se e teve um relacionamento breve com outra mulher, Pauline Fourres. Também, durante sua estada na Polônia, o agora ditador da França, caiu de amores por outra, a condessa de 19 anos, Anna Polocka, com quem teve um longo relacionamento e um filho.

Cansado da esposa e com provas de suas traições, o então Imperador divorciou-se da mulher e arranjou um novo casamento, dessa vez com uma princesa: a sobrinha de Maria Antonieta, Marie Louise, mãe de seu único filho legítimo. A aliança forjada com esse casamento provou-se um erro estratégico, pois ao aliar-se com a Áustria, inimiga histórica da Rússia, Napoleão viu-se forçado à guerra com essa última, o que selou sua queda. Foi mais uma vez derrotado pelo amor.

Lênin


O revolucionário russo nunca fugiu de um rabo de saia e tinha um fraco por mulheres que abraçassem os ideais revolucionários. Seu primeiro amor foi Nadezhda Konstantina Krupskaya, a Nadya, uma moça um ano mais velha que ele, fervorosa admiradora dos trabalhos de Karl Marx. Segundo Nadya, quando ela leu O Capital pela primeira vez: “[o livro] pareceu música aos meus ouvidos – os expropriadores sendo expropriados! Meu coração batia tão forte que poderia ser ouvido à distância”.

Os dois frequentemente eram vistos passeando enquanto conversavam sobre as mazelas do capitalismo e planejavam uma futura revolução. Embora o relacionamento fosse próspero, o futuro líder soviético não contentou-se apenas com Nadya e terminou levando um fora de sua melhor amiga, a também revolucionária Apollinaria Yakubova.

Quando Lênin e Nadya foram exilados, Lênin pedira às autoridades para passarem o exílio juntos – pedido que foi prontamente atendido, com a condição de que se casassem. O casal, após um tour por diversas prisões, foi finalmente despachado à Sibéria, onde a Sra. Lênin teve que lutar com diversas doenças que a tornaram estéril e roubaram sua antiga beleza.

Ao escapar do exílio, Lênin foi a São Petesburgo, em 1905, promover seus ideais sob um pseudônimo. Lá conheceu uma jovem aristocrata, rica e divorciada, conhecida por Elisabeth de K. Foi amor à primeira vista.

Elisabeth promovia encontros de revolucionários em seu apartamento na cidade e protegeu Lênin das autoridades inúmeras vezes. Durante a estada dele em Estocolmo, ela o acompanhou e o ajudou em seus trabalhos. Entretanto, houve um desencontro de interesses: Lênin apenas se interessava por política, a moça era apaixonada por arte. Romperam.

Dois anos depois, a jovem aristocrata, morrendo de saudades do antigo amante, foi atrás dele em Paris – onde o líder socialista morava. Lênin e Elisabeth reataram um relacionamento que durou mais nove anos.

Enquanto ainda estivesse tendo um caso com Elisabeth de K, Lênin conheceu outra mulher – que viria a ser o grande amor de sua vida: Elisabeth d’Herbenville Armand, uma divorciada francesa. A moça fora morar com os tios em Moscou após o falecimento de seu pai. Lá casou-se aos 18 anos com Alexander Armand, um jovem burguês filho do dono de uma tecelagem, com quem teve cinco filhos. Cansada do marido, aventurou-se a transar com o cunhado e, após cansar-se desse também, decidiu abandonar seu lar.


De Moscou, D’Herbenville foi a Estocolmo trabalhar com a famosa feminista sueca Ellen Key. Foi na Suécia que ela teve acesso à obra de Lênin e converteu-se numa bolchevique radical e entusiasmada. A moça, de volta à nação eslava, participou da frustrada Revolução de 1905 e chegou a ser presa três vezes e exilada na Sibéria, onde fugiu rumo à capital francesa.

Ao chegar em Paris, sua fama já a precedia, e a dedicada comunista foi recebida com honras pelo chefe do Partido, Lênin, com quem teve uma simpatia à primeira vista. O revolucionário impressionou-se com a inteligência e a sagacidade da moça e não era raro vê-los passando um tempo juntos. Se Lênin frequentava um café, era certo que Elisabeth também estava presente.

As afinidades eram muitas – ambos eram apaixonados por Beethoven e tinham interpretações similares das obras de Marx – e o amor floresceu naturalmente. Nadya, a mulher de Lênin, também gostava muito de Elisabeth e não se importava do relacionamento dela com seu marido. Os três formavam uma relação bem moderna a seu tempo e ficaram juntos até a morte da francesa, em 1920.

Stálin


A primeira mulher de Stálin foi a georgiana Ekaterina Svanidze, cujo irmão Aleksandr frequentava o mesmo seminário que o futuro ditador da URSS – sim, Stálin quase se tornou padre. Eles se casaram em 1903, na Igreja Ortodoxa, por insistência da mãe da moça, embora o tirano já tivesse abraçado o comunismo. Ekaterina também era muito religiosa: vivia em oração pedindo a Deus que trouxesse seu marido de volta para o cristianismo, enquanto Stálin planejava sua vida política no Partido. O casamento gerou um filho, Yakov.

Apesar de terem pouco contato, Stálin amava perdidamente sua mulher – por isso, ficou devastado quando ela faleceu em 1910. Aos portões do cemitério, disse, quase anunciando seus planos futuros:

- Essa criatura amoleceu meu coração de pedra. Ela está morta e com ela vão meus últimos sentimentos humanos.

Após um período de luto, os desejos do bolchevique voltaram a aflorar e, durante a Guerra Civil de 1919, o homem de aço conheceu Nadya Alliluyeva, a filha de um abastado burguês, muito bonita, que conheceu o tirano através de seus pais.

A jovem russa tinha apenas 16 anos – Stálin já passava dos 40 – quando ele tirou sua virgindade. Embora o homem de aço tivesse mais que o dobro de sua idade, ela achava o fervor revolucionário de suas ideias algo extremamente romântico. A jovem, apesar dos protestos da mãe, também se tornou uma bolchevique e casou-se com Stálin num “ato revolucionário”. Passaram a lua de mel em meio à batalha da cidade de Tsaritisyn – que no futuro seria rebatizada de Stalingrado.


Com o fim da Guerra, Stálin e Nadya retornaram a Moscou e a jovem foi trabalhar como uma das secretárias de Lênin. O primeiro filho deles, Vasily, nasceu nessa época em 1920. Depois tiveram uma menina, Svetlana, em 1926.

Com o ascender do marido à posição de Secretário-Geral do Partido Comunista da URSS – o cargo oficial de ditador do país –, Nadya indignou-se com os privilégios dados à família, que ofendia seus princípios ideológicos. Para afastar-se de casa, a revolucionária inscreveu-se na universidade. Lá, descobriu, através de outros estudantes, o que acontecia na Ucrânia – mais precisamente em Holodomor, onde a fome causada por seu marido custaria a vida de cinco milhões de cidadãos.

Cada vírgula de indignação de Nadya foi respondida por Stálin com desprezo, seguido dos mais cruéis insultos. O tirano já estava tomado completamente pelo poder.

Ainda que não rompido com a mulher de modo oficial, o ditador procurou conforto nos braços de outras mulheres. A primeira foi uma serviçal de sua dacha, depois uma bailarina… e assim outras tantas, incluindo filhas de poderosos: dentre uma de suas amantes estava a filha de 16 anos de um membro do Politburo, que gerou um filho seu.

Desprezada pelo ditador, Nadya afundou-se na depressão, até cometer suicídio. O caso foi abafado e a razão oficial da morte foi tratada como mera apendicite.

Stálin não compareceu ao velório, tampouco ao enterro da própria mulher, e depositou sua raiva na família dela: sua irmã Anna foi sentenciada a dez anos de prisão, seu cunhado foi preso e executado; seu irmão Pavel morreu de infarto ao saber da sentença de Anna e a mulher desse, Eugenia, acabou presa no lugar do marido.

Hitler


Todo dia 18 de setembro, Adolf Hitler depositava um buquê de flores no túmulo de Geli, sua sobrinha-amante, que, em 1931, cometera suicídio no apartamento dele, localizado na Prinzregentenstrasse, em Munique. Tal golpe do destino atingiu terrivelmente o futuro líder da Alemanha nazista, tanto que Hitler tentou segui-la na morte, mas seu fiel amigo e secretário Rudolf Hess tomou-lhe a arma da mão no último instante. Angela Raubal, a Geli, era filha de Angela, irmã de Hitler, e possuía vinte anos a menos que o futuro Führer.

Eles se conheceram no verão de 1925, quando foi imposta a ele a proibição de falar em público – o que o obrigou a dedicar-se exclusivamente à escrita e a retirar-se para as montanhas. Hitler, na solidão, convidou a irmã viúva para morar com ele e Angela mudou-se da Áustria, terra natal da família, junto com sua filha, para cuidar do irmão.

Geli tornou-se seu grande amor e Hitler passava cada segundo de tempo livre ao lado dela. Entretanto, a relação dos dois não era fácil: o ciúme onipresente dele a sufocava e cortava toda e qualquer liberdade da jovem – seu inevitável destino foi o suicídio.

Apesar de ser loucamente apaixonado pela sobrinha, Hitler mantinha relações sexuais com, pelo menos, outras duas mulheres de identidade desconhecida. O futuro ditador fazia seus encontros íntimos no estúdio de seu amigo e fotógrafo pessoal, Heinrich Hoffmann, e foi através da filha desse, Henriette, futura esposa do chefe da juventude hitlerista Baldur von Schirach, que Hitler conheceu o amor de sua vida, Eva Braun.


A discreta Eva, após a morte de Geli, foi gradualmente ganhando o carinho de Hitler. Para tanto, obedecia-lhe incondicionalmente, não fumava na sua presença e apenas dançava em segredo. Assim como também respeitava seus hobbies: não se opunha a ele passar longos períodos apenas desfrutando de seus passatempos.

Hitler não era nada conservador em muitos aspectos e em 01 de março de 1942 disse: “A mulher que tem uma filha sozinha e decide cuidar dele é, para mim, mais importante do que uma solteirona. Os preconceitos sociais estão em declínio. A natureza evolui. Estamos no caminho certo”. Também não era um defensor do casamento e pensava que a humanidade deveria ser liberta sexualmente.

Antes de chegar ao poder, ao lado de amigos, Hitler se divertia em festas e comemorações. Com Joseph Goebbels frequentava o teatro, a ópera e o cinema. Chegou até a possuir casos com atrizes famosas. A loira, alegre e exuberante Gretl Slezak, filha do cantor judeu de ópera, Leo Slezak, foi a primeira delas.

Goebbels também apresentara ao futuro Führer a atriz Leni Riefenstahl, que depois da ascensão nazista ao poder caiu nas graças de Hitler. Entretanto, curiosamente, tais relações não envolviam sexo e Hitler costumava dizer que possuíam “aspecto maternal”. O ditador sempre gostou de, sabe-se lá a razão, estar rodeado de mulheres bonitas.


Ao longo do tempo, com a guerra avançando, Hitler, que sempre gostara da companhia de mulheres, afastou-se delas e curiosamente só manteve Eva Braun ao seu lado. A lealdade incondicional de Eva foi “recompensada” quando os dias do Terceiro Reich chegavam ao fim: Hitler se casou-se com ela pelos “muitos anos de amizade fiel” em 30 de abril de 1945. De acordo com a história oficial, o casamento foi seguido de suicídio: Eva com um frasco de veneno e Hitler com um tiro na cabeça. O episódio representou o fim definitivo do nazismo.


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